sábado, 15 de janeiro de 2011

Boulevard do Crime (Les Enfants du Paradis, França, 1945)


Este longo filme, de cerca de três horas de duração, é considerado por muitos o melhor exemplo do realismo poético francês. Alguns dirão que é até a obra mais impactante de toda a história do cinema daquele país.

Les Enfants du Paradis mostra o ambiente do "Boulevard du Temple", local onde estão os teatros e os cabarés, a vida boêmia e rasteira de Paris em 1828. Assassinos, ladrões, golpistas circulam pela avenida que forma este cenário.

É lá que encontraremos a coquete Garance (Arletty), que sempre estará às voltas amorosas com o mímico Debureau (Jean-Louis Barrault), o ator Frederick Lemaitre (Pierre Brasseur), o bandido Lacenaire (Marcel Herrand) e o Conde de Montray (Louis Salou). Entre idas e vindas, o tempo passa, tramas aparentemente simples se tornam complexas, juntando Garance a um ou outro, no poderoso roteiro do poeta Jacques Prévert, levado à tela grande pela direção do gigante Carné, durante os últimos tempos de ocupação nazi na França.

A ser visto e revisto muitas vezes. Abaixo, um breve trailer, com narração em inglês.

Surge o Boulevard do Cine

Dois amigos. Um corintiano que está cravado no sul do País; outro, um palmeirense que vive num típico reduto corintiano em Sampa. Em comum, o gosto por um cinema de excelência. Estes dois e outros que se juntarão a eles conheceram-se em uma dessas comunidades de redes sociais, sobre cinema, naturalmente.

Falaremos de Murnau a Park Chan-Wook. Dos irmãos Lumière aos Dardenne. Passaremos pelos clássicos Fellini, Godard, Cassavetes, John Ford e pelos contemporâneos dos cinemas brasileiro, argentino, oriental, de qualquer parte onde haja uma pessoa com uma câmera, contando uma história.

A reverência inicial, que está no nome do blog, é ao criador francês Marcel Carné, clássico representante do realismo poético francês. É o seu boulevard - antes do cine que do crime - o ponto de partida para que falemos sobre cinema.

Mas não será este um espaço restrito apenas ao cinema. Por este boulevard passearão também outras linguagens artísticas, cultura, internet, política e tudo o que vier à mente.

Sejam bem-vindos leitores, colaboradores e toda a gente que preza pela cinefilia internética. O passeio apenas começa.