quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e minhas incógnitas aventuras pelas salas, corredores e filas

Cena de A Cor da Romã, filme de Sergei Paradjanov, exibido durante a 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Pois é, entre tanta correria e loucura cotidiana, logicamente, não comprei um pacote para esta Mostra, algo que pude fazer apenas em 2007, quando tive uma panorama amplo e interessantíssimo sobre o evento e os filmes apresentados.

Havendo a limitação, fiquei contente, nos anos seguintes - com exceção de 2010, ano em que não marquei presença na Mostra - por ter a chance de assistir a 2 ou 3 filmes. Na deste ano, que está terminando hoje, pude assistir a 4 filmes. Teria assistido a outros mais, se não fossem alguns obstáculos.

Minha aventura entre salas de cinema, corredores e filas da Mostra começou no dia 26, uma quarta-feira, quando fui ao shopping Frei Caneca assistir a Uma Família a Três, longa de estreia da diretora alemã Pia Strietmann. Teria assistido a outros filmes no mesmo dia, porém problemas particulares sérios não permitiram que eu pudesse desfrutar melhor a ocasião. Pena, pois estava tudo certo para eu assistir O Mágico, animação de Sylvain Chomet, o mesmo diretor de As Bicicletas de Belleville, no vão livre do MASP.

Depois entusiasmei-me com a possibilidade de assistir a Amarcord, de Fellini, pela primeira vez numa tela grande, na parte exterior do Auditório Ibirapuera, no domingo, dia 30. Porém, desta vez foram as condições de tempo o empecilho.

Ainda no domingo, tracei minhas estratégias para assistir a vários filmes no dia seguinte, mas a segunda-feira me encontrou pouco animado. Quando tive coragem de sair, no final da tarde foi para ver o clássico soviético A Cor da Romã, de Sergei Paradjanov, no Reserva Cultural. Tenho um mau histórico com este cinema, pois raramente vi lá filmes que me agradaram. Desta vez, o filme me agradou - também, não era qualquer filme -, porém, as legendas em português estavam claramente com problemas: não apareciam ou apareciam trocadas pelas de outro filme do diretor, provavelmente O Trovador Kerib. Fiz o que pude para tentar entender o filme por meio das legendas fixas em francês, que é um idioma que não domino tão bem ainda. Bom, voltei pra casa um pouco frustrado. Sorte minha é ter uma cópia do filme aqui em casa, então poderei revê-lo em breve.

Os próximos planos traçados eram para o dia 03, outra quarta-feira. Então fui, com toda a coragem e boa vontade, o mais cedo que pude, comprar meu ingresso para a exibição de Laranja Mecânica, de Kubrick. Eram 16h10 quando cheguei ao cinema do shopping Frei Caneca com esta intenção. No entanto, estava fixado num painel o aviso de que os ingressos estavam esgotados. Aos diabos!, mas eu estava preparado para algo do gênero, então tinha meu plano B. A sessão do cultuado filme começaria às 20h20 e eu queria assistir a algo ainda à tarde. Interessou-me muitíssimo um filme germânico chamado Esqueça o Seu Fim, de Andreas Kannengiesser. Estava na fila para adquirir o tíquete, mas aos diabos again!! Esgotaram-se os ingressos naquele momento. Mas eu tinha um terceiro plano. Quando você tem um evento como este, repleto de filmes interessantes, não vai se limitar a ter apenas um roteiro do que assistir, uma vez que a procura por ingressos para determinados filmes é muito grande.

Por isso, fui para outra fila, torcendo que não terminassem os ingressos para o brasileiro Centro de Gravidade, filme de estreia do americano Steven Richter. Aproveitei para adquirir o ingresso para a segunda sessão (às 22h) de Mundo Invisível, típico filme contendo vários curtas dirigidos por vários diretores, produzido pelo pessoal da Mostra e com participação do recém-falecido Leon Cakoff em dois destes segmentos. Os que mais me agradaram, numa primeira mirada, foram os de Manoel de Oliveira, Theo Angelopoulos e Maria de Medeiros.

Atraso de sessão e pequena apresentação, antes do filme, com produtores e diretores (os presentes são Maria de Medeiros, Laís Bodansky e Atom Egoyan, que foi também jurado desta versão da Mostra). Filme curto, mas tudo isto faz com que eu saia do cinema apenas às 23h40, um pouco preocupado pela necessidade de pegar o último metrô (a estação Paulista fecha às 00h em ponto, diferentemente de estações mais antigas, que possuem um tempo de tolerância em relação aos últimos usuários). À pé eu dificilmente chegaria, pois meu atual porte físico não permite grandes corridas ou passos muito rápidos. A última aventura foi encontrar um táxi que pudesse me levar até o local. Não foi exatamente simples, mas no minuto-limite eu estava passando meu bilhete e, sim, consegui voltar para casa contente por ter vencido minha última aventura relativa à Mostra.

Entre trancos e barrancos, planos desfeitos e refeitos, eu estive lá, assisti a filmes razoáveis e bons. Não dá pra dizer que fiquei insatisfeito, embora pudesse ser melhor.

Ano que vem tem mais... eh eh eh!

E, no próximo post, comento os filmes que vi.

Beijos e abraços, pessoal!

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